A Pretensa Neutralidade do Secularismo Público Posta à Prova

Uma Análise da Tese do “Abuso de Poder Religioso” a Partir de Dooyeweerd e Finnis

Autores

  • Lucas Oliveira Vianna Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)
  • Matheus Thiago Carvalho Mendonça Universidade Nacional de La Plata

DOI:

https://doi.org/10.37951/dignitas.2021.v2i1.34

Palavras-chave:

Abuso de poder, Finnis, Dooyeweerd, Secularismo

Resumo

No contexto dos recentes debates no Supremo Tribunal Federal sobre a tese do abuso de poder religioso, o artigo aborda as seguintes questões: em que medida o capital social de ministros religiosos deve interferir na condu-ção do processo eleitoral? Qual o conteúdo do discurso religioso? Seria esse tipo de discurso propagado apenas por instituições confessionais e religiosas? Para resolver tais questões, o artigo parte de uma ampla revisão bibliográfica de obras dos principais expoentes de duas escolas de pensamento: a tradição neo-clássica do direito natural de John Finnis e a tradição reformacional em Herman Dooyeweerd. Verifica-se a hipótese da (in)consistência sociológica e moral da tese do abuso de poder religioso, sua pertinência em uma sociedade de múlti-plos discursos metanarrativos com fundo religioso (ainda que civil).

Biografia do Autor

Matheus Thiago Carvalho Mendonça, Universidade Nacional de La Plata

Bacharelando em Direito na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Nacional de La Plata (Buenos Aires, Argentina). Integrante dos grupos de pesquisa (CNPq) “Tradição da Lei Natural”, do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Pará (PPGD-UFPa), e “Direito dos Refugiados e o Brasil”, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Membro e Pesquisador-Assistente da Human Development & Capability Association.

Publicado

2021-08-03